Ricky
Martin simula orgia e comemora saída do armário durante show em SP
Ricky
Martin exibe boa forma e pede igualdade para todos durante show
Apagam-se
as luzes no Credicard Hall. Nos telões, surge um vídeo em que o cantor
porto-riquenho Ricky Martin aparece preso a várias correntes, numa espécie
de demonstração a prisão em que viveu ao longo dos últimos anos, antes
de assumir a sua homossexualidade.
De repente, as correntes são quebradas e Ricky aparece no palco para
cantar “Too Late Now – Será, será”, a primeira canção do show
apresentado na noite desta sexta-feira, dia 26, em São Paulo, na primeira
apresentação da turnê “Música + Alma + Sexo” pelo Brasil.
O público majoritariamente composto por mulheres lotou a casa de shows
– os ingressos já haviam se esgotado há algumas semanas – para
prestigiar a apresentação do cantor que mostrou-se um verdadeiro exemplo
de como a idade, muitas vezes, pode fazer bem a uma pessoa. Ricky estava
lindo, simpático, sorridente (como sempre!) e gostoso, muito mais gostoso
do que nos tempos de “Maria”.
Depois de cantar “Dime que me quieres” e “It’s Alright”, o
cantor solta as primeiras palavras: “Boa noite São Paulo. Estou muito
contente de estar aqui mais uma vez. Vou deixar a minha alma no palco”,
prometeu. E cumpriu.
Imediatamente, o belo deu início a uma sequência mega animada que fez o
público bailar, cantar em coro e transformar o espaço numa verdadeira
pista de dança. “Livin’ La Vida Loca”, “She Bangs” e “Shake
Your Bon Bon” foram cantadas uma após a outra.
Enquanto Ricky sensualizava no palco, as mulheres ensandecidas gritavam,
numa prova de que um galã pode sair do armário e continuar sendo sonho
de consumo (viu, Gilberto Braga?). De quebra, Ricky ainda conquistou o
carinho do público gay, que teve sua parcela de participação entre o público.
O clima de ferveção continuou com uma versão meio cumbia, meio flamenco
de “Maria” – sucesso que o consagrou nos anos 90 - em uma
coreografia que remetia ao ambiente típico de um cabaré. Ricky
emendou com “Frio”, o mais recente single do seu novo álbum e, ao
mesmo tempo, uma preparação para o momento mais bafo da noite: a
performance de “I Am”, em que Ricky e, principalmente, seus dançarinos
simulam uma orgia no palco.
Uma
cena que poderia remeter a promiscuidade acabou se tornando um dos
momentos mais belos do show. Bem desenhada artisticamente, a apresentação
mostrou que a liberdade e o prazer também têm sua beleza.
O show entrou na reta final com uma nova sequência de hits latinos:
“Mas”, “Lola Lola”, “La Bomba” e “Pegate”. Mas para fechar
com tudo antes de voltar para o bis, Ricky começou “Cup of Life”, que
já foi tema da Copa do Mundo de Futebol. Com luzes verdes e amarelas no
palco e balões com as cores da bandeira brasileira na platéia, o público
foi ao delírio. “Foi uma noite maravilhosa. Vou levar o coração de
vocês para casa”, disse o bom moço, se retirando do palco.
Poucos segundos depois, Ricky voltou para o bis com o hit “Best Thing
About Me Is You”, em versão bem intimista, e ao final clamou
“igualdade para todos!”. Logo emendou com uma versão remixada de
“Maria”. Antes de se despedir, o belo se aproximou dos fãs que
estavam na beira do palco e ganhou uma bandeira metade Brasil, metade
Porto Rico.
Ainda que estivesse com um português quase perfeito, ele se desculpou sem
jeito: “Eu vou levar o coração de vocês para minha casa, foi uma
noite inesquecível. Juro que da próxima vez o meu português vai estar
melhor”.
Abraçado em uma bandeira brasileira que ganhou da platéia, ele soltou
aquele sorrisão e deu adeus ao público, depois de 1h40min de show.
O fofo ainda se apresenta neste sábado, dia 27, no Rio de Janeiro, no
Citibank Hall, e em Porto Alegre, no dia 30, no Ginásio Gigantinho.