O
brasileiro Rodrigo Alves já perdeu as contas de
quantas mudanças fez no corpo nos últimos dez
anos. “Eu pego uma foto antiga e vou
relembrando. São muitas”
Três
no nariz, três lipoaspirações, plásticas no
pescoço, ombros, braços, preenchimento nas
bochechas e boca, botox, mudanças até na
panturrilha e incontáveis procedimentos
estéticos. O brasileiro Rodrigo Alves já
perdeu as contas de quantas mudanças fez no corpo
nos últimos dez anos. “Eu pego uma foto antiga
e vou relembrando. São muitas”.
Após
uma entrevista para o jornal britânico The Sun,
Rodrigo - que vive em Londres - passou a ser
comparado com o boneco Ken, o namorado da Barbie.
Mas ele diz que nunca teve o boneco como
inspiração: “Eu nunca quis parecer com o Ken,
isso foi uma idéia da imprensa. As pessoas é que
fazem essa comparação e acabou pegando. Não
tenho sonho de ser famoso, as coisas foram
acontecendo do nada”.
Apesar
do discurso "low profile", Rodrigo
mantém uma galeria interminável de fotos em
redes sociais, onde aparece com as mais diversas
poses, em ensaios clicados por fotógrafos
contratados e até mesmo em montagens simulando
capas de revistas famosas.
Herdeiro
O
brasileiro nasceu em São Paulo mas mora na
capital britânica há dez anos. Apesar de ser
formado em Relações Públicas pela London
College of Communication, vive com o dinheiro que
seus avós deixaram de herança – e é assim que
banca as plásticas e os procedimentos estéticos
a que se submete. Por alto, Rodrigo afirma já ter
gasto mais de R$ 380 mil nas intervenções. Ele
também trabalha como comissário de bordo, mas
voa apenas três vezes por mês por uma companhia
aérea britânica, geralmente para Las Vegas,
Miami ou Los Angeles, onde aproveita para curtir
as festas e a noite.
Família
Os
tios e irmãos que Rodrigo tem em São Paulo são
presentes em sua vida, tanto que no último verão
ele esteve no Brasil para visitar os parentes e
participou do casamento da irmã. Mas quando o
assunto é a vida pessoal e suas mudanças de
visual, o brasileiro adota um tom reservado. “Sou
muito independente, não sei o que eles pensam,
mas eles não tem liberdade para falar para mim
sobre o que acham, não dou essa abertura”. A
mesma coisa acontece com os amigos que Rodrigo
mantém nas cidades que frequenta pelo mundo.
"Ninguém me critica, mas também não me
incentivam. Os meus amigos me alertam para os
perigos de fazer tantos procedimentos, mas eu não
consigo parar”, admite ele.
Vício
em plásticas
Rodrigo
se submeteu à primeira cirurgia plástica aos 20
anos, no nariz. “Eu nunca gostei dele e a minha
família dizia que era feio, então fiz uma
plástica, depois disso fiz mais duas na região e
não parei mais, tenho cicatrizes pelo corpo todo”.
E a vaidade se tornou vício, que ele trata com a
ajuda de um psicólogo. “Graças a Deus eu
reconheço que tenho um problema, um vício, e
estou tentando curá-lo. Espero encontrar uma
solução, achar algo que me dê o conforto que as
cirurgias plásticas me dão”, desabafa ele, que
costuma fazer sessões diárias de terapia com
até três horas de duração.
Drama
hospitalar
As inúmeras intervenções feitas pelo
brasileiro foram realizadas em cidades como Los
Angeles, Miami, Londres e Istambul. Mas foi em
São Paulo que Rodrigo passou por seu único
problema – em janeiro deste ano ele teve uma
infecção após injetar um gel nos bíceps,
tríceps e ombro, procedimento conhecido como
"Acqua Lift". “Foi muito forte, quase
perdi meus braços. Os médicos pensaram em
amputação ou em fazer uma nova cirurgia para
retirar o produto do meu corpo”.
Pelo
procedimento, Rodrigo pagou 14 mil libras, quase
R$ 32 mil. Por causa da infecção, ele ficou três
semanas internado em recuperação, sem poder
receber visitas, e está processando o médico e o
hospital responsáveis. Segundo ele, o problema é
que o gel era específico para a região dos glúteos
e peito, mas foi aplicado de forma errada pelo médico
nos braços:
“Os antibióticos eram muito fortes, mas não
funcionaram. Por causa deles eu comecei a perder
os cabelos e agora estou fazendo um tratamento
para eles crescerem. Estou tomando um remédio
oral, mas se não der certo vou precisar fazer
implantes”.
Luta
contra a velhice
A grande questão da vida de Rodrigo é a luta
contra o envelhecimento. E em uma batalha assumidamente
narcisista, ele admite que gostaria de parar o
tempo: “Eu não vou me deixar envelhecer, eu não
aceito a velhice. Eu sei que não sou a pessoa
mais natural do mundo, eu tenho a cara
plastificada, mas não paro”.
No entanto, apesar da preocupação se manter
jovem, Rodrigo não pratica nenhum exercício físico
– prefere fazer lipos. Mas segue a dieta da
proteína e só come carboidratos uma vez por mês.
“Sou muito impulsivo, quando eu coloco algo na
minha cabeça eu não tiro mais e preciso resolver
logo, é assim com as cirurgias”, diz ele, que
esculpiu até mesmo o "tanquinho" através
de procedimentos cirúrgicos.
Além
desses procedimentos, ele conta que toma mais de
12 pílulas por dia - entre colágeno,
antienvelhecimento, para o crescimento dos cabelos
e outras. Ele também não abre mão de botox,
peeling e bronzeamento artificial e ainda faz uso
de cremes avançados. “A cobrança que eu tenho
comigo é desnecessária. É um vício incontrolável,
como a droga ou álcool”.
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