Ex-ator
pornô gay bem dotado é pastor evangélico e lançou
biografia
Em
1998, aos 18 anos de idade, ele começou sua
carreira como 'gogoboy' em algumas casas noturnas
de São Paulo. Aos 20, já era considerado o maior
ator de filmes eróticos do Brasil
Julio
Vidal, Juliano Ferraz (nomes artísticos) ou
Giuliano Ferreira (batismo) é uma lenda da
pornografia brasileira e ainda alimenta o
imaginário de muitos fãs que deixou pra trás.
Sua filmografia conta com incríveis 300 filmes
gays, héteros, bi, lésbicos, travestis e
transexuais.
Começou
com cachês pequenos, que hoje calcula equivalerem
a R$ 200 por cena. No auge, chegava a tirar
R$ 1.500 por dia. Durante cinco intensos anos, ele
ganhou muito dinheiro para os padrões
brasileiros. Chegou a comprar quatro casas. Tudo,
graças à sua performance sexual e ao invejável
porte físico, incluindo, claro, o seu dote
avantajado.
Em
entrevista à Folha, o ex-ator revelou o que fez
com que ele desistisse da carreira. Durante uma
gravação, sentiu o dente inchado. Procurou ajuda
odontológica para extraí-lo, mas a coisa
degringolou para uma infecção generalizada.
Foram cinco dias de coma, afirmou na entrevista.
“Mas
não culpo o dentista. Vejo a mão de Deus em tudo
isso. Para eu poder parar e tomar um rumo.”
O
rumo, na ocasião, foi a Igreja Batista, seu
primeiro “pit-stop” evangélico. Acabou
estudando teologia num núcleo de membros da
Assembleia de Deus. “Até que aceitei o chamado
de Deus para pregar a palavra.”
Ele
é casado há 11 anos, com um filho e um enteado e
mora em São Carlos, a 244 Km de São Paulo.
Agora, Giuliano condena qualquer tipo de
pornografia e vê seu antigo ramo como uma
espécie de “prostituição, segundo a Bíblia”.
Além
disso, defende “princípios da família”, como
casar virgem. “Tenho a certeza que uma pessoa
que se casa gostaria de saber que sua esposa não
se relacionou com outra pessoa e se guardou
somente para ele”, diz.
“Agora
vão falar: ‘Que isso, você fazia filmes e
agora tá assim careta!’”, reconhece. “Amo
minha mulher e respeito muito ela, que rompeu as
barreiras e se casou comigo, um cara que tinha já
tido muitas pessoas na vida.”
O
pastor diz que ainda há quem o olhe de um jeito
“meio diferente” nos cultos. Mas que a igreja,
no fim, cumpre sua “vocação”. “Ela é para
acolher, independentemente se é ex-drogado,
ex-homossexual, ex-prostituta. O próprio Jesus
disse: eu vim para os doentes, não para os sãos”,
afirma o hoje engravatado pastor Giuliano.