As
27 candidatas ao título de Miss
Brasil Gay Oficial 2018
brilharam na passarela do maior concurso gay do
Brasil, realizado na noite desse sábado, 18 de
agosto, em Juiz de Fora, MG. A grande
vencedora da noite foi a Miss Ceará, Yakira
Queiroz. Além de conquistar o primeiro lugar,
Yakira também foi eleita pelo Juri Popular, em
votação realizada pela internet nos canais do
concurso. Ela recebeu a faixa da Miss Brasil Gay
2017, Guiga Barbieri, que também coroou a sua
sucessora.
Yakira,
de 31 anos, é maquiadora e foi eleita a
representante do seu estado em abril. Desde
então, se empenhou muito para reunir equipe e
recursos para participar da grande competição
nacional. Bastante emocionada, a nova Miss Brasil
Gay Oficial 2018 diz que procurou apresentar um
trabalho que representasse o público cearense e
estivesse à altura de um evento tão grandioso e
tradicional como o Miss Brasil Gay e que a
sensação agora é de dever cumprido.
“Foi
uma experiência magnífica e uma tarefa árdua,
que nos empenhamos bastante para fazer acontecer.
Busquei representar a força, elegância e
determinação do povo nordestino, pois o Ceará
merecia o tão sonhado título”, afirma. Sobre
seus compromissos a partir de agora, Yakira
assegurou que vai buscar atrair os holofotes para
as causas que acredita.
“Vou
usar a representatividade adquirida com a vitória
do concurso para contagiar com bons princípios o
maior número de pessoas que eu vier a conhecer
durante meu reinado, assim como enaltecer as
tradições, belezas, histórias e costumes da
nossa terra e do nosso povo. Precisamos de mais
amor e colaboração. Eu desejo à comunidade
LGBT+ mais visibilidade respeitosa, menos
preconceito, mais sororidade, mais empatia, mais
representatividade e mais politização adequada”,
declara.
Além
dos desfiles das misses em trajes típicos e de
gala, o espetáculo teve casa cheia e contou ainda
com shows de artistas reconhecidos no cenário
LGBT+ do Brasil, como Ikaro Kadoshi, Penelopy
Jean, Silvetty Montilla, Alexia Twister, Suzy
Brasil, Mitta Lux e Wandera Jones.
O
organizador e produtor do evento, André Pavam,
celebra o sucesso da noite. “Tivemos um público
vibrante, que acompanhou e participou cheio de
energia dessa grande festa. Há muito tempo não
tínhamos uma candidata que vencesse já na
primeira participação no concurso e isso é
resultado do quão abraçada e querida nossa Miss
foi por todos que estavam lá. As 27 candidatas
estavam extremamente afinadas com o evento e
trouxeram produções belíssimas, honrando o
legado do grande criador Chiquinho Mota. Toda a
expectativa que se tem ao produzir um evento com o
porte, a importância e a tradição do Miss
Brasil Gay Oficial se consolida quando vemos
tamanho espetáculo acontecendo e o público
aplaudindo e vibrando com isso”.
Aline
Firjam, diretora da F.Works, empresa organizadora
do concurso, acredita que a melhor análise do
evento é a alegria do público, e de todos os
envolvidos na produção. “Pela primeira vez, a
F.Works cuidou do Miss Brasil Gay Oficial como um
todo, em todas as suas etapas. E, para nós, isso
foi uma grande satisfação. Muito trabalho, muito
envolvimento, muito compromisso e muita
dedicação para que essa noite fosse tão
especial. E ela foi linda, cheia de emoção, de
beleza, de arte e de respeito à diversidade”,
comemora.
Após
a divulgação da vencedora da noite, o evento
ainda foi palco de duas grandes festas para os que
estavam presentes. A Stomp, no camarote do
concurso, e a Fun House, na varanda de vidro do
Terrazzo, trouxeram mais música e diversão e
encerraram a festa com chave de ouro.
Resultado
Final:
Miss
Simpatia: Miss Tocantins, Paola Vargas
Miss
Júri Popular: Miss Ceará, Yakira Queiroz
Melhor
Traje Típico:
1°
lugar: Miss Pernambuco, Sol Dayamon 2° lugar:
Miss Paraná, Sophya Poison 3° lugar: Miss
Maranhão, Alexxia Diamond
Melhor
Traje de Gala
1°
lugar: Miss São Paulo, Allanye Morelli 2° lugar:
Miss Maranhão, Alexxia Diamond 3° lugar: Miss
Ceará, Yakira Queiroz
Resultado
Final
1°
lugar: Miss Ceará, Yakira Queiroz – a nova Miss
Brasil Gay 2018 2° lugar: Miss Maranhão, Alexxia
Diamond 3° lugar: Miss São Paulo, Allanye
Morelli 4º lugar: Miss Sergipe, Safyra Hallescar
5º lugar: Miss Bahia, Antônia Gutierrez
Sobre
o Miss Brasil Gay Oficial
Em
1976, na cidade de Juiz de Fora, o cabeleireiro
Francisco Mota criou o Miss Brasil Gay. Trata-se
de uma competição entre 27 candidatos (26
estados brasileiros e o Distrito Federal) onde é
eleito o mais belo transformista do país. A
principal regra é: os concorrentes devem ser do
sexo masculino, não podem ser travesti ou
transexual, sendo proibidas as intervenções
cirúrgicas estéticas. O evento é conhecido
internacionalmente, fato que lhe rendeu o registro
como patrimônio imaterial do município em 2007.
O Miss Brasil Gay visa ser um evento social, com
ingressos a preços populares, estrutura de
qualidade, além de shows e presença de artistas
reconhecidos nacionalmente. O concurso também tem
como objetivos se tornar instrumento de luta em
favor dos direitos dos homossexuais no Brasil e
reposicionar a cidade de Juiz de Fora na rota do
turismo LGBT, nacional e internacional.