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Diversão

 

5ª Virada Cultural atrai milhares de pessoas para às ruas de Belo Horizonte

  

 Evento teve mais de 400 atrações gratuitas e várias atividades culturais 

A 5ª Virada Cultural de Belo Horizonte, a primeira na gestão Alexandre Kalil (PSD), a ocupação do espaço urbano com eventos artísticos se mostrou, mais uma vez, um ato político. A Virada chegou ao fim depois de mais de 24 horas de atividades ininterruptas desde às 19h de sábado, (20), até às 21h de domingo, (21). Na Praça da Estação quem fez o show de encerramento foi o rapper Djonga

Mais de 20 locais, como Guaicurus, Caetés, Praça Sete e Parque Municipal, receberam 400 atrações gratuitas. O público estimado ainda foi divulgado divulgado pela Prefeitura. 

À tarde, no palco principal, na Praça da Estação os destaques deste domingo vieram do Aglomerado da Serra. Primeiro, teve o Baile da Serra. Em seguida, foi apresentada a Disputa Nervosa de Passinho, do Lá da Favelinha.

O domingo ainda teve atrações de balé e circo. Quatro bailarinos de um grupo paulista aproveitaram um painel em um dos prédios do corredor cultural da Rua da Bahia para se apresentar.

Ainda teve espaço para solidariedade, com local para doação de comida, roupas e sapatos para moradores de rua.

Em consonância com o clima de polarização que domina o país, demonstrações pró e contra o cancelamento da performance Coroação de Nossa Senhora das Travestis, da Academia Trans Literária anunciado na sexta (19), por decisão de Kalil, acolhendo pedido de grupos católicos que consideraram o espetáculo um ato de blasfêmia e ofensa religiosa marcaram o evento.

No local e horário em que ocorreria a Coroação (Espaço Rio de Janeiro, às 20h de sábado), um grupo de fiéis rezou a Ave Maria. O ato teve discordância entre participantes por causa da presença de políticos no local – alguns temiam que a manifestação de fé religiosa pudesse ser utilizada para atingir fins políticos. No Viaduto Santa Tereza, o rapper Roger Deff apoiou o coletivo: “Se censuram, censuram a todos”.
No Palco Guaicurus a reação ao corte veio de Marcelo Veronez, que leu, durante seu show Não sou nenhum Roberto (que contou com a participação de Odair José) a oração da Nossa Senhora das Travestis, que o Trans Literária havia enviado para artistas locais, com o pedido de que o lessem e pedissem réplica do público. Veja na cobertura do Ferveção um pouco de tudo que rolou.

 

 

Daniela Mercury homenageia o Nordeste e LGBTs em showzaço na Virada Cultural de BH

Considerada a principal atração da 5ª Virada Cultural de BH, Daniela Mercury fez um showzaço na Praça da Estação no sábado, (20). Ela homenageou o Nordeste, em resposta à declaração do presidente Jair Bolsonaro, que usou o termo “paraíba” para se referir aos governadores da região, em conversa com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. 

A cantora baiana citou vários artistas nordestinos e disse "salve o povo do Nordeste, salve o povo brasileiro e todos os brasileiros que amam esse lugar", antes de cantar Paraíba, de Luiz Gonzaga. “O povo negro quer exuberar, como os LGBTs”, disse a baiana mais tarde, lembrando de outras lutas. O show, vale dizer, foi aberto com sotaque mineiro: a canção Coração civil (Fernando Brant/Milton Nascimento), que começa com os versos “Quero a utopia, quero tudo e mais”.

    

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