24ª
Parada do Orgulho LGBT do Rio leva 800 mil pessoas para a orla de
Copacabana mesmo com chuva
O
tema deste ano foi “Pela democracia, liberdade e
direitos: ontem, hoje e sempre” e fez
referência aos 50 anos da Revolta de Stonewall e
40 anos do movimento no Brasil
A
24ª
Parada do Orgulho LGBTdo
Rio reuniu 800 mil de pessoas na
orla de Copacabana no domingo, (22.09). Com o tema
“Pela democracia, liberdade e direitos:
ontem, hoje e sempre”, o Grupo Arco-Íris,
ONG que há 26 anos organiza a marcha, fez
referência aos 40 anos do movimento LGBTI
no Brasil e 50 anos da Revolta de Stonewall, em
Nova Iorque.
A
marcha contou com apoio da FM O Dia e
patrocínio da Uber, o aplicativo oficial
de mobilidade da Parada do Orgulho LGBTI+ Rio e da
Buser. Neste ano, pela primeira vez, a
Parada recebeu o apoio de mais de uma dezena de
associações e consulados de diversos países,
assim como dos institutos culturais europeus
reunidos na rede EUNIC Rio, que se uniram à
marcha para levantarem, conjuntamente, as
bandeiras do respeito, da igualdade e da
diversidade.
A
atriz e cantora Jane Di Castro fez sua
tradicional apresentação cantando o Hino
Nacional em ritmo de samba. As outras atrações
foram: Teresa Cristina, Pabllo Vittar,
Lexa, Clau, Gabily, Brunelli,
MC Rebecca, As Bahias e a Cozinha
Mineira, Carol Biazin e Day.
Organizada
pela ONG Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT, a
Parada do Orgulho LGBTI+ Rio 2019 teve o desafio
de aliar festa, exaltação às liberdades
individuais, o respeito à diversidade e a
conscientização para que seja cumprido o recente
entendimento do Supremo Tribunal Federal, que
equiparou ao racismo à discriminação e à
violência contra LGBTI.
“Neste
ano a Parada celebrou os 50 anos de luta no mundo
e os 40 no Brasil. Temos muito o que agradecer às
travestis, elas que enfrentaram os policiais em
Stonewall e conseguiram sobreviver. Por isso
estamos aqui hoje, resistindo e lutando para que
ninguém mais seja vítima de lgbtifobia”,
reforçou Almir França, presidente do Grupo
Arco-Íris.
Resistindo
às opressões e à carência de apoio público e
privado, inclusive financeiro, a Parada LGBTI+ Rio
entoou gritos de respeito e liberdade. “Hoje em
dia, amar é um ato de resistência. E
resistiremos à violência e ao ódio mostrando a
todos que somos capazes de amar qualquer pessoa,
porque é isso que importa: respeitar, amar e
resistir”, afirmou Julio Moreira, diretor
sociocultural do GAI. Durante diversas vezes, em
várias falas, participantes lembraram a morte da
menina Ágatha, que foi baleada nas costas em uma
operação policial na última sexta-feira, no
Complexo do Alemão.
"Hoje
foi um dia histórico! Começamos a Parada, em
1995 com apenas 18 pessoas, hoje somos 800 mil
pessoas aqui lutando por nosso direito de existir.
A população LGBTI+ já teve algumas conquistas,
como o casamento LGBTI, direito à identidade de
gênero e alteração do nome para travestis e
transexuais e, recentemente, a equiparação do
crime lgbtifobia ao racismo.
Apesar disso, o
Congresso Nacional se mantém omisso diante dos
nossos direitos e as políticas públicas para o
enfrentamento da discriminação e violência
ainda são frágeis e incipientes", analisa
Cláudio Nascimento, fundador e coordenador da
Parada.
A
Parada LGBTI+ Rio A Parada do Orgulho LGBT Rio
organizada há 24 anos pela ONG Grupo
Arco-Íris de Cidadania LGBT e leva para as
ruas pessoas que lutam por direitos iguais, que
combatem a intolerância, o preconceito e o ódio,
dando voz àqueles que por tantos anos viveram à
margem da sociedade, mostrando que o mundo está
avançando para um lugar que respeita a
diversidade e que todos têm o direito de amar
quem quiserem.
Ela é considerada o terceiro maior
evento da cidade e leva centenas de milhares de
pessoas para a mais famosa praia do mundo. A
Parada é sinônimo de vanguarda. Foi a primeira
do Brasil e desde então cumpre papel importante
na luta pela igualdade de direitos para a
população LGBTI no país.
Atrações
mais esperadas da Parada LGBT do Rio em 2019,
Pabllo Vittar e Lexa não decepcionaram e fizeram
ótimos shows em cima do trio elétrico da Buser.
Pabllo se apresentou primeiro e durante uma hora
cantou seus principais sucessos com coreografia e
bailarinos.
Lexa entrou e a chuva que caia forte não
atrapalhou a ótima performance da funkeira
carioca. O look da cantora chamou atenção,
no hotel ela postou um vídeo.
O
primeiro trio que desfilou na Parada LGBT do Rio
levou a militância, políticos, drags e artistas.
A
Miss Gay Rio de Janeiro, a drag Eula
Rochard,
o deputado federal David
Miranda,
a atriz trans Jane
di Castro,
a cantora Tereza Cristina entre outros famosos
agitaram o trio.
Os atores do núcleo LGBT de MalhaçãoVidas
Brasileiras curtiram o evento de forma muito
animada. O ator Ronald
Sotto
fez um vídeo para o Ferveção mandando um beijo
para os mineiros. Ele é um dos protagonistas da
novela teen em 2019, irmão do personagem Serginho
(João Pedro Oliveira),
que tem um romance gay na novelinha.
A
coletiva de imprensa da 24ª Parada LGBT do Rio
aconteceu no Othon Palace Hotel, em frente ao
ponto de partida da marcha na av. Atlântica, em
Copacabana, antes do evento começar. Os
dirigentes da OngGrupo Arco-íris falaram sobre as
pautas do movimento e o momento político na atualidade com retrocessos de
direitos.
Políticos
como o deputado federal David Miranda e a deputada
federal Jandira
Fegali e o deputado estadual Carlos Minc
compuseram a mesa de convidados que discursou. A atriz da TV Globo, Rosane
Gofman, no ar em A Dona do Pedaço, e o ator Luis
Lobianco também falaram. A
atriz trans Jane de Castro cantou uma
canção em francês no encerramento da coletiva
de imprensa.
A Parada
LGBT do Rio atrai muitos turistas internacionais e de
outras cidades do país além dos cariocas. Ferveção
flagrou muitos bonitões durante a marcha na av.
Atlântica.
Morando no
Rio de Janeiro há quase dois anos, o DJ Diego
Ramal (BH) se apresentou no terceiro trio da
parada e logo após o evento, foi uma das atrações da festa Garland
White Pool Party em Copacabana.