Especialistas
alertam que análise de impacto deve ser feita
considerando a população como um todo e pontuam
fatores comportamentais para aumento de óbitos
entre jovens
Na
quinta-feira (29/4), o Brasil ultrapassou a marca
das 400 mil mortes registradas por Covid-19,
segundo levantamento do consórcio de veículos de
imprensa.
Dados
do Ministério da Saúde apurados pelo G1 e pela
TV Globo mostram que, ao longo da pandemia,
aumentaram, principalmente, as mortes entre
jovens, mas os mais velhos continuam sendo a faixa
etária mais atingida:
A
população acima de 60 anos registrou, de março
de 2020 a abril de 2021, 270.713 mortes. Dentro
desse número, a faixa etária mais afetada segue
sendo a das pessoas com 60 a 79 anos: entre
fevereiro e março, houve aumento de 154% nas
mortes, que subiram de 13.417 para 34.805.
A
população de 0 a 59 anos registrou, no mesmo
período, 98.014 mortes. Os dados de abril ainda
são parciais. (Veja detalhes sobre os totais em
"Metodologia", ao final desta
reportagem).
O
aumento de mortes entre adultos de 40 a 59 anos
foi o segundo maior, de 201%: de 5.747 mortes em
fevereiro para 17.271 mortes em março.
A
faixa de 20 a 39 anos teve alta de 224% nas
mortes, embora apresente valores absolutos mais
baixos (aumento de 1.204 para 3.896
óbitos).
Com
essa variação percentual, a faixa etária de 40
a 59 anos superou o aumento de mortes no grupo de
pessoas com 80 anos ou mais: em março, foram
13.027 mortes, um aumento de 88% em relação às
6.927 mortes de fevereiro.
O
percentual de mortes que cada faixa etária tem em
relação ao total de óbitos no país continua
semelhante ao do início da pandemia: as faixas de
60 a 69 anos e de 70 a 79 anos respondiam, em
março de 2020, por 26% e 24%, respectivamente,
das mortes totais do país. Em março de 2021,
essas faixas etárias tinham 28% e 25% das mortes
no país, respectivamente.
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