Empresários
do setor de entretenimento e representantes dos
blocos acreditam que, nesses eventos, medidas de
controle de acesso do público poderiam garantir
celebrações com segurança
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Com
o martelo batido numa reunião de que não
haverá carnaval de rua nos moldes tradicionais
este ano no Rio,
produtores de eventos e representantes dos
próprios blocos acreditam que, sem os cortejos,
esta pode ser uma folia de bailes e outras festas
fechadas, com exigência do passaporte vacinal do
público que frequentá-las.
Seria
seguido um padrão parecido com o que ocorreu no
réveillon, que não teve palcos para shows
públicos nas praias, mas que viu comemorações
privadas ou em ambientes de acesso controlado se
espalharem pela cidade, às vezes em pontos em que
as celebrações não eram tradicionais.
Presidente
da Apresenta®, a Associação dos
Promotores de Eventos do Setor de Entretenimento e
Afins do Rio, Pedro Guimarães concorda
que a autorização para os blocos de rua seria
uma decisão mais delicada, no momento em que
aumenta o número de casos de Covid-19. Mas
considera que as festas fechadas, assim como os
desfiles do Sambódromo e da Estrada Intendente
Magalhães, podem ocorrer com controle do
público.
É
uma questão, diz, para as autoridades sanitárias
analisarem. Mas ele ressalta que o setor é capaz
de entregar esses eventos com os mais rigorosos
protocolos de segurança.
No
carnaval que se avizinha, acho que será
intensificada, por exemplo, uma retomada dos
bailes tradicionais, que durante um tempo deixaram
de acontecer e que vinha voltando nos últimos
anos afirma Guimarães.
"Acredito
que teremos muitos eventos atrelados ao carnaval.
Assim como no réveillon, espaços como hotéis,
clubes, casas de eventos, restaurantes, bares e
atrativos turísticos e culturais da cidade vão
servir de arenas para a realização de bailes,
encontros, feijoadas... Todo esse universo pode,
de certa forma, ser incentivado para manter o
clima de celebração", completa ele.
Guimarães
vê na organização desse carnaval, no entanto,
um desafio ainda maior que o do réveillon. Ele
mantém o otimismo de que o Rio pode criar
soluções que servirão de parâmetro para o
restante do país.
Mas
ele ressalta: o poder público deve se planejar
também para coibir festas e blocos sem
autorização. E defente que qualquer outra
decisão com relação à folia deve ser anunciada
com antecedência, para evitar idas e vindas como
as que ocorreram em torno das festas da virada do
ano, o que, segundo ele, afugentaram
patrocinadores até mesmo das comemorações
privadas.
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