Lula
faz ato com artistas e diz que Brasil precisa de união e paz
Roger
Waters, Mark Ruffalo, Caetano Veloso, Chico
Buarque, Daniela Mercury, Emicida, Pabllo Vittar e
Djamila Ribeiro participaram do evento. A seis
dias da eleição, campanha petista aposta no voto
útil
O
candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio
Lula da Silva, participou na segunda-feira,
26/9, de um ato com artistas e intelectuais no
Anhembi, em São Paulo. O evento, classificado
pela coordenação petista como o "último
grande ato", abriu a última semana de
campanha do 1º turno.
Ao
discursar, Lula afirmou que as eleições de 2022
podem por fim às brigas dentro do país –
chamadas pelo candidato petista de
"guerra".
"Uma
guerra que dividiu famílias, que transformou
velhos amigos em inimigos e que fez até mesmo um
irmão atirar em outro irmão dentro da
igreja", disse o ex- presidente.
"O
tempo do ódio, da guerra, da discórdia e da
desunião está chegando ao fim. Cabe a nós
inaugurarmos um novo tempo. Um tempo de paz,
democracia, união, prosperidade, amor e
esperança", acrescentou.
Com
organização da esposa do ex-presidente,
Rosângela da Silva, conhecida como Janja, a
reunião marca uma das estratégias finais da
campanha da chapa Lula-Alckmin ao Planalto. A seis
dias da eleição, os petistas buscam reforçar os
discursos de estímulo ao comparecimento às urnas
no próximo domingo (2) e ao voto útil.
O
voto útil é aquele em que o eleitor abre mão do
seu candidato de preferência para votar em outro
que tem mais chance de vencer ainda no primeiro
turno. A ideia é evitar um segundo turno com um
candidato indesejado.
A
discussão sobre o voto útil ganhou força nas
últimas semanas. As campanhas de Lula e Bolsonaro
querem focar nos eleitores que se identificam com
os candidatos Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB)
que, segundo a pesquisa Ipec mais recente, tem 6%
e 5%, respectivamente.
"Estamos
a um passo da vitória em 2 de outubro. Falta um
tiquinho. Nestes poucos dias que restam, é
preciso trabalhar para conquistar o voto de todas
e de todos aqueles que amam a democracia",
disse o ex-presidente.
No
palco e em vídeos gravados, artistas e
intelectuais defenderam o voto em Lula no primeiro
turno e relembraram histórias com os governos
petistas e com o ex-presidente.
Entre
os presentes estavam Gilberto Gil, Caetano Veloso,
Chico Buarque, Pabllo Vittar, Paulo Miklos,
Daniela Mercury, Paulo Vieira, Emicida, Margareth
Menezes, Duda Beat, Walter Casagrande, Djamila
Ribeiro, Itamar Vieira Júnior, Lilia Schwarcz,
Silvio Almeida, Johnny Hooker, Fabiana Cozza,
Vladimir Brichta, Júlia Lemmertz e Claudia Abreu.
Nomes
internacionais também fizeram parte do ato. Os
atores Mark Ruffalo e Danny Glover e o cantor
Roger Waters gravaram vídeos em apoio ao
ex-presidente.
Do
lado político, participaram integrantes dos
partidos coligados à chapa Lula-Alckmin, entre os
quais Dilma Rousseff (PT), Gleisi Hoffmann
(PT-PR), André Janones (Avante-MG), Eduardo
Suplicy (PT-SP), Marina Silva (Rede-SP), Luciana
Santos (PCdoB-PE), Manuela d’Ávila (PCdoB-RS),
Fernando Haddad (PT-SP) e Márcio França
(PSB-SP).
Além
do voto útil, Lula quer focar no eleitorado jovem
na reta final da campanha. Segundo o Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), eleitores de 16 a 34
anos representam quase 34% das pessoas aptas a
votar no país.
Esse
perfil representa, inclusive, uma das maiores
bases de Ciro, de acordo com o mais recentemente
levantamento do instituto Datafolha.