Petista
alcançou votação recorde na eleição mais
disputada da história do Brasil
Com
100% das urnas apuradas, Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) venceu o segundo turno das
eleições para presidente com 50,9% dos
votos, contra 49,1% de Jair Bolsonaro (PL).
Após mais de sete horas de apuração, o
ex-presidente conseguiu 60,3 milhões de votos,
contra 58,2 milhões do atual presidente, uma
diferença de 2,13 milhões. Ao todo, até a
meia-noite, foram contabilizados 118.548.758 votos
válidos, além de 1,7 milhão em branco e outros
3,9 milhões anulados.
Os
últimos votos demoram a ser registrados, uma vez
que as urnas são levadas a regiões amazônicas
remotas. De acordo com levantamento feito junto ao
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apenas o estado
do Amazonas ainda tem votos a ser computados menos
de mil, no entanto.
O
resultado superou o pleito de 2014 como o mais
disputado da história do Brasil. Na ocasião, Dilma
Rousseff (PT) obteve 54.501.118 de votos
(51,64%), contra 51.041.155 (48,36%) do
candidato derrotado Aécio Neves (PSDB).
Após
a vitória, Lula fez um discurso em tom de união
e prometeu governar para todos os brasileiros no
primeiro pronunciamento após o resultado das
eleições deste domingo.
A
partir de 1° de janeiro de 2023 vou governar para
215 milhões de brasileiros e brasileiras e não
para só aqueles que votaram em mim afirmou.
Lula
ou Bolsonaro? veja quem venceu em cada estado do
país No discurso, Lula afirmou que não enfrentou
um candidato, mas a máquina do Estado brasileiro
colocada a serviço do candidato da situação
para evitar que ele ganhasse. Lula agradeceu a
ex-candidata à Presidência pelo MDB, Simone
Tebet, que aderiu à sua candidatura no segundo
turno.
Não
enfrentamos um adversário, mas a máquina do
Estado brasileiro colocada a serviço do candidato
da situação para evitar que nós ganhássemos as
eleições. Quero agradecer ao povo brasileiro que
votou em mim, que se dignou a cumprir com o
compromisso de cidadania afirmou Lula, que disse
que se considera um cidadão que teve um processo
de ressurreição.
Governadores
eleitos Em São Paulo, o vencedor foi Tarcísio
Freitas, do Republicanos. Ex-ministro de
Bolsonaro, ele recebeu apoio do atual presidente e
derrotou Fernando Haddad (PT), apoiado por Lula.
Vitorioso
no Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB)
derrotou o bolsonarista Onyx Lorenzoni (PL). O PT
estadual declarou 'voto crítico' a Eduardo Leite
na última segunda-feira. O Diretório gaúcho
justificou na época defender a democracia e
combater as candidaturas que representam o atraso
bolsonarista.
Na
Bahia, o vencedor foi o petista Jerônimo, que
derrotou ACM Neto (União). Ele já havia ficado a
frente do adversário no primeiro turno, quando
terminou na frente da corrida eleitoral, com
49,45% dos votos.
Em
Pernambuco, a candidata apoiada por Lula, Marília
Arraes (Solidariedade), foi derrotada por Raquel
Lyra, do PSDB. No estado de Alagoas, Paulo Dantas
(MDB), que contou com apoio de Lula, foi vitorioso
sobre Rodrigo Cunha (União).
No
Espírito Santo, o vencedor foi o Renato
Casagrande, do PSB, partido do vice de Lula, o
ex-tucano Geraldo Alckmin. Ele derrotou Manato, do
mesmo partido de Bolsonaro. Na Paraíba, quem se
elegeu foi outro partidário do ex-governador de
São Paulo, João Azevedo, também do PSB.
Em
Santa Catarina, o eleito foi Jorginho Mello, do
mesmo partido de Bolsonaro. Ele derrotou o petista
Décio Lima. No Mato Grosso do Sul, o candidato
apoiado por Bolsonaro, o Capitão Contar (PRTB)
foi derrotado pelo tucano Eduardo Ridel (PSDB).
Em
Sergipe, o petista Rogério Carvalho foi derrotado
por Fábio Mitidieri (PSD). Em Rondônia, o
vitorioso foi Marcos Rocha (União), que derrotou
Marcos Rogério, do mesmo partido de Bolsonaro. No
Amazonas, quem venceu foi Wilson Lima (União) que
derrotou Eduardo Braga (MDB), que indicou voto no
petista.
|