Após
reunião, Lula caminha com governadores e ministros até o Supremo
Tribunal Federal
Presidente
se reuniu com governadores no Palácio do
Planalto; depois, convidou presentes a caminhar
até o STF
Após
reunião com governadores e vice-governadores das
27 unidades federativas do país, o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) saiu do Palácio do
Planalto em caminhada simbólica com autoridades
até o Supremo Tribunal Federal (STF).
Lula
convocou a reunião após os ataques terroristas
na Praça dos Três Poderes, no domingo (8),
quando bolsonaristas radicais depredaram o
Palácio do Planalto e os prédios do Congresso e
do Supremo.
No
meio da praça, Lula falou com jornalistas. O
presidente disse que o governo "não vai dar
trégua" até descobrir quem financiou os
atos terroristas.
"Não
vamos dar trégua até descobrir quem financiou
tudo o que aconteceu neste país", afirmou o
presidente.
"O
que eles querem é golpe, e golpe não vai
ter", completou Lula.
Discurso
Mais
cedo, na reunião, o presidente disse aos
governadores que não vai permitir que a
democracia escape das mãos e que esse é o único
regime que pode possibilitar que todas as pessoas
no Brasil possam fazer três refeições por dia.
"Nós
não vamos permitir que a democracia escape das
nossas mãos, porque é a única chance de a gente
garantir que esse povo humilde consiga comer três
vezes ao dia, ou ter direito de trabalhar",
disse Lula.
Ele
também afirmou que as instituições vão
investigar e vão chegar até os financiadores dos
atos golpistas em Brasília.
Durante
a reunião, cinco governadores representando cada
uma das regiões do país discursaram em
solidariedade aos chefes dos três poderes e
reafirmaram o compromisso com a democracia.
Até
apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL),
como a governadora em exercício do Distrito
Federal, Celina Leão (PP), e o governador de São
Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se
colocaram à disposição para ajudar na
pacificação do país.
Além
dos governadores, também participaram ministros
do STF, o procurador-geral da República, Augusto
Aras, parlamentares e membros do Executivo.