Maior
sensação térmica registrada na cidade desde
2014, segundo o Alerta Rio
A
estação meteorológica do Sistema Alerta Rio, da
prefeitura do Rio, registrou em Guaratiba, na Zona
Oeste, a maior sensação térmica desde 2014,
quando foi iniciada a marcação.
Por
lá, a sensação de calor chegou aos 59,3 graus,
às 10h20, da sexta-feira, 17/11. É a segunda vez
esta semana que o município do Rio atinge a maior
sensação térmica da série histórica do Alerta
Rio. Na terça-feira, 14/11, a sensação chegou a
58,5 graus.
A
possibilidade de um refresco no Rio está perto,
mas antes o calor ainda deve aumentar. O calorão
vai ganhar força por conta da aproximação e da
passagem de uma frente fria, o que, segundo o
Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), pode
levar a um novo recorde na capital, com chance de
máxima de 42 graus no sábado. Para o mesmo dia a
previsão é de aumento no risco de temporais, com
muita chuva e ventania, que pode se estender até
domingo.
Confira
o ranking das maiores sensações térmicas:
59,3°C
em Guaratiba no dia 17/11 às 10h20
58,5°C
em Guaratiba no dia 14/11 às 09h15
58,3°C
em Santa Cruz no dia 17/2 às 15h15
58,0°C
em Santa Cruz no dia 4/2 às 15h
Maiores
temperaturas de 2023 (até o momento) Data -
Estação - Temperatura (°C)
16/11/2023
- Guaratiba - 42,6
12/11/2023
- Irajá - 42,5
14/11/2023
- Irajá - 42,2
17/02/2023
- Irajá - 41,8 26/02/2023 - Irajá - 41,4
3/03/2023
- Irajá - 41,4 17/11/2023 - Guaratiba -
41,4
4/03/2023
- Irajá - 41,3 04/02/2023 - Santa Cruz - 41,1
18/09/2023 - Irajá - 41,0
Desde
a chegada da onda de calor que afeta diversos
estados brasileiros, o Rio de Janeiro já havia
registrado o dia mais quente do ano no domingo,
12, com temperatura de 42,5 °C, e a sensação
térmica de 52 °C na manhã de segunda-feira, 13.
O
recorde de calor é o maior desde que o Alerta Rio
começou a fazer as medições de temperatura na
cidade. O órgão informa que as duas outras
maiores sensações térmicas deste ano foram 58,3
°C em 17 de fevereiro, e 58 °C em 4 de
fevereiro.
O
intenso calor registrado principalmente no Sudeste
e no Centro-Oeste do Brasil deve continuar ao
longo de toda a semana, e a ausência de nuvens no
céu torna ainda mais perigosa a exposição à
radiação solar e a sensação de calor.
A
intensificação da onda de calor no Brasil fez o
Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) ampliar
nesta segunda-feira o alerta de "grande
perigo" por causa das temperaturas acima da
média para 15 estados e o Distrito Federal e
estender o aviso até a sexta-feira. Antes, o
alerta era limitado a seis estados e o DF e iria
até esta quarta-feira.
Ficam
sob alerta: Amazonas, Bahia, Espírito Santo,
Goiânia, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Mato
Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio
de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Tocantins e o
Distrito Federal.
Na
prática, o alerta destaca a temperatura 5°C
acima da média por um período maior que cinco
dias e pede que as pessoas evitem horários de sol
extremo, das 11h às 15h, que usem protetor solar,
se mantenham hidratadas e procurem ajuda médica
no caso de mal-estar.
Falta
de nuvens
A
onda de calor chegou em uma época do ano em que,
normalmente, a estação chuvosa já está
estabelecida e em que as nuvens funcionam como uma
espécie de controle das temperaturas. A ausência
dessa defesa, segundo a meteorologista do
Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) Anete
Fernandes, potencializa os efeitos do fenômeno
climático.
"Quando
a gente tem ausência de chuva nesta época do
ano, que chamamos de veranico, a ausência de
nuvens favorece uma grande incidência de
radiação na superfície, que é o que está
acontecendo agora. Então, as temperaturas se
elevam muito", explicou.

|