PF
prende Domingos Brazão e Chiquinho Brazão por mandar matar
Marielle; delegado Rivaldo Barbosa também é preso
Operação
Murder, Inc. foi deflagrada
pela Polícia Federal,
Procuradoria-Geral da
República e Ministério
Público do Rio
Os
irmãos Domingos
Brazão e Chiquinho
Brazão foram presos no
domingo, 24/3, apontados como
mandantes do atentado contra
Marielle Franco, em março de
2018, no qual também morreu o
motorista Anderson Gomes. O
delegado Rivaldo Barbosa
também foi preso, suspeito de
ajudar a planejar crime e de
atrapalhar as investigações.
Os
três foram alvos de mandados
de prisão preventiva
expedidos pelo ministro
Alexandre de Moraes, do
Supremo Tribunal Federal
(STF). A Operação Murder,
Inc. foi deflagrada pela
Procuradoria-Geral da
República (PGR), pelo
Ministério Público do Rio de
Janeiro (MPRJ) e pela Polícia
Federal (PF). O caso era
investigado pela PF desde
fevereiro do ano passado.
Os
presos passaram por audiência
de custódia – de maneira
remota – na sede da PF no
Rio, fizeram exames de corpo
de delito no Aeroporto
Internacional Tom Jobim
(Galeão) e serão
encaminhados para a
Penitenciária Federal de
Brasília.
O
ministro Alexandre de Moraes
tirou o sigilo da
investigação. O relatório
da PF citado por ele na ordem
de prisão dos suspeitos
indica que o assassinato de
Marielle foi idealizado pelos
irmãos Brazão e
meticulosamente planejado pelo
delegado Rivaldo Barbosa, que
na época era chefe da
Polícia Civil do RJ.
Segundo
as apurações, o delegado deu
uma "garantia prévia de
impunidade" aos mandantes
do crime. Rivaldo foi nomeado
para comandar a polícia um
dia antes do atentado.
A
defesa de Domingos Brazão
afirmou que seu cliente é
inocente. O advogado de
Rivaldo Barbosa, Alexandre
Dumans, disse que seu cliente
não obstruiu as
investigações. A defesa de
Chiquinho Brazão não havia
se posicionado até a última
atualização desta
reportagem.
As
prisões ocorreram após a
homologação da delação de
Ronnie Lessa, ex-policial
militar que está preso e é
acusado de executar o crime.