Prefeitura
do Rio interdita boate gay onde teriam acontecido estupros em dark
room
A
medida administrativa foi
tomada de forma preventiva,
para garantir a segurança e
ordem pública; local ficará
fechado até o encerramento
das investigações policiais
A
prefeitura do Rio de Janeiro,
por meio da Secretaria de
Ordem Pública (Seop),
interditou na noite da
quinta-feira, 4/4, a boate Portal
Club, na Lapa, região
central da capital fluminense.
No local, teriam acontecido
pelo menos dois estupros,
segundo denúncias feitas à
Delegacia de Atendimento à
Mulher do Centro.
De
acordo com a Seop, a medida
administrativa foi tomada de
forma preventiva, para
garantir a segurança e ordem
pública. O local estava
fechado no momento em que os
agentes chegaram e assim
ficará até o encerramento
das investigações policiais.
Na
quinta-feira, o Corpo de
Bombeiros já tinha informado
que faria uma vistoria no
local e que ele poderia até
ser fechado. A corporação
verificou que a boate não
está com toda a
documentação em dia. O
Certificado de Vistoria Anual
(CVA), que diz respeito a
questões de segurança contra
incêndio e pânico, está
pendente.
O
advogado da boate, Daniel
Blanck, afirma que o
fechamento foi irregular.
“Foi
irregular, uma vez não foi
feita qualquer verificação
pelos bombeiros. Após
finalizada a perícia, o local
não oferecia qualquer risco
aos frequentadores, tratando
apenas de um espetáculo
midiático promovido pela SEOP
sem o mínimo embasamento
legal.”
A
Polícia Civil fez uma
perícia na noite da
quarta-feira (3), na Portal
Club. No local, haveria a
chamada “dark room”, a
sala escura onde teria
acontecido o abuso contra a
turista sul-americana.
Testemunhas
estão sendo ouvidas e as
imagens das câmeras de
monitoramento do local estão
sendo analisadas pelos
investigadores na tentativa de
identificar os supostos
agressores que teriam cometido
o crime.
Uma
universitária sul-americana
de 25 anos relatou que o
estupro coletivo ocorreu na
madrugada do último domingo
(31). Segundo a vítima, ela
conheceu um brasileiro que a
teria chamado para ir a um
espaço mais reservado.
Neste
local, na chamada “dark room”,
ou sala escura, a vítima
relata ter sido estuprada sem
qualquer chance de defesa por
um número de homens que não
consegue precisar, uma vez que
chegou a perder a
consciência.
Ainda
não se sabe se a jovem foi
dopada. Ela foi encaminhada ao
Instituto Médico Legal (IML)
para fazer exame e corpo de
delito e também foi submetida
a exames toxicológicos.
A
Polícia Civil também apura
uma outra denúncia, anterior,
no mesmo local.