Ator
brilhou em clássicos como 'O
sol por testemunha' (1960), 'O
leopardo' (1963) e 'Cidadão
Klein' (1976)
Um
dos maiores galãs da sétima
arte, Alain Delon, que
via o envelhecimento com algo
doloroso, morreu no domingo,
18/8, aos 88 anos. A morte foi
anunciada pelos filhos do ator
em comunicado:
“Alain
Fabien, Anouchka, Anthony,
assim como (seu cachorro)
Loubo, têm a imensa tristeza
de anunciar a partida de seu
pai. Ele faleceu pacificamente
em sua casa em Douchy, cercado
por seus três filhos e sua
família (...)A família pede
gentilmente que sua
privacidade seja respeitada
neste momento extremamente
doloroso de luto", diz a
nota.
Alain
Fabien Maurice Marcel Delon
nasceu no dia 8 de novembro de
1935, em Sceaux,
Hauts-de-Seine, na França.
Quando jovem, trabalhou como
aprendiz de açougueiro com
seu pai. Abandonou os estudos
aos 15 anos e, aos 17, se
alistou na marinha francesa e
lutou na Guerra da Indochina.
Dispensado em 1955, ele se
mudou para Paris pouco depois
e passou a fazer pequenos
trabalhos como porteiro,
garçom e vendedor.
No
mundo dos bicos e dono de uma
beleza inconfundível,
conheceu e se relacionou com
jovens nomes da cena cultural
da França. Desenvolveu uma
amizade com Jean-Claude Brialy,
um dos atores de maior
destaque no cinema francês no
final dos anos 50.
Em
1957, Brialy convida o jovem
Delon, então com 21 anos,
para visitar o Festival de
Cannes. Anos mais tarde,
Brialy confidenciou ter ficado
enciumado com a presença do
amigo na Riviera francesa.
Ele, um astro, parecia
despertar bem menos interesse
do que aquele jovem
desconhecido.
Em
Cannes, Delon foi convidado
pelo lendário produtor David
O. Selznick (“E o vento
levou”, de 1939) para tentar
uma carreira em Hollywood. Ele
só precisaria aprender a
falar inglês.
Ainda
que tenha pensado em seguir
carreira nos Estados Unidos,
no mesmo ano, o ator conheceu
o diretor francês Yves
Allégret e foi escalado para
seu primeiro projeto nos
cinemas: “Uma tal condessa”
(1957). No ano seguinte, Delon
foi contratado para “Basta
ser bonita” (1958), de Marc
Allégret, irmão mais velho
de Yves, e para “Cristina”
(1958), de Pierre Gaspard-Huit,
que marcou seu primeiro papel
como protagonista.
Em
“Cristina”, o ator
contracenou com a atriz
austríaca Romy Schneider
(1938-1982). Os dois iniciaram
um relacionamento durante as
filmagens e permaneceram
juntos por cinco anos. Delon e
Schneider formaram um dos mais
belos casais do cinema,
despertando a atenção do
público e da imprensa.
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