Ex-drag
queen foi condenada por fraude em
campanha eleitoral de 2022

O
ex-deputado republicano dos EUA George Santos,
aliados a políticos bolsonaristas no Brasil, foi
condenado nesta sexta-feira, 25/4, a sete anos e
dois meses de prisão por crimes como fraude
eletrônica e roubo de identidade. A sentença foi
proferida pela juíza federal Joanna Seybert em
Nova York, que determinou que Santos se entregue
até 25 de julho para começar a cumprir pena.
Promotores
haviam pedido uma punição severa para “refletir
a gravidade dos crimes sem precedentes de Santos”.
Filho de brasileiros e conhecido como a drag queen
“Kitara Ravache” quando morou no Rio de
Janeiro, ele se tornou o sexto deputado a ser
expulso na história do Congresso estadunidense,
após um mandato marcado por mentiras e
escândalos financeiros.
A
defesa, que pedia apenas dois anos de prisão,
argumentou que sua conduta foi “desonesta”,
mas “decorreu em grande parte de um desespero
equivocado relacionado à sua campanha política,
e não de malícia inerente”.
Os
promotores descreveram as ações de Santos como
uma “rede descarada de enganos”. Ele foi
acusado de falsificar registros de doações de
campanha para atingir o limite de US$ 250 mil
necessário para se qualificar dentro do Partido
Republicano. Quando soube que não havia
alcançado o valor, Santos enviou uma mensagem a
um associado: “Vamos fazer isso de forma um
pouco diferente”.
A
“abordagem diferente” incluía doações
falsas atribuídas a familiares, pessoas
fictícias e até identidades roubadas de
apoiadores idosos. Sua ex-tesoureira, Nancy Marks,
já se declarou culpada e aguarda sentença.
Além
disso, Santos usou dinheiro de campanha para
comprar artigos de luxo e mentiu repetidamente
sobre seu passado, afirmando ter trabalhado no
Goldman Sachs, sido atleta universitário e
descendente de sobreviventes do Holocausto.
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