Rapper obteve uma decisão liminar do Superior
Tribunal de Justiça (STJ)

Após mais de dois meses preso na Penitenciária
Serrano Neves, em Bangu, Zona Oeste do Rio, o
rapper Oruam obteve uma decisão liminar
do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que
determina sua soltura mediante medidas
cautelares na sexta, 26/9.
Oruam, que se entregou à polícia em 22 de julho,
foi indiciado por sete crimes, incluindo tráfico
de drogas, associação ao tráfico e resistência à
prisão. A prisão foi decretada após um confronto
com policiais da Delegacia de Repressão a
Entorpecentes (DRE), que tentavam apreender um
menor de idade procurado por tráfico e roubo de
veículos. Durante a ação, amigos do adolescente
— entre eles Oruam — teriam impedido a condução
do jovem, gerando tumulto e agressões contra os
agentes.
⚖️ Decisão do STJ
O
ministro Joel Ilan Paciornik, relator do caso,
considerou que a prisão preventiva foi baseada
em argumentos genéricos e desproporcionais.
Segundo ele, a quantidade de droga apreendida —
73 gramas de cocaína — não justificaria a
detenção, especialmente considerando que Oruam é
réu primário e possui bons antecedentes.
A
decisão substitui a prisão por medidas
cautelares previstas no artigo 319 do Código de
Processo Penal, como:
• Comparecimento periódico em juízo
• Proibição de mudança de endereço sem
autorização judicial
• Entrega de documentos pessoais
A definição exata das medidas será feita pelo
juiz responsável no Tribunal de Justiça do Rio.
👥 Histórico Familiar e Repercussão
Oruam é filho de Márcio Nepomuceno, o Marcinho
VP, apontado como um dos líderes do Comando
Vermelho. O rapper também possui tatuagens em
homenagem ao pai e ao traficante Elias Maluco,
condenado pelo assassinato do jornalista Tim
Lopes.
Ao se entregar, Oruam declarou: “Vou dar a volta
por cima”, sinalizando que pretende reconstruir
sua trajetória após o episódio.

|