Drake,
Bebe Rexha com fãs, Ellie Goulding morna: Veja resumo do 1º dia de
Rock in Rio 2019
Dia
mais família abre o festival
O
Rock in Rio 2019 abriu suas atividades na
sexta-feira, (27.09), com um dos dias mais
"família" de sua programação. Até o
rapper canadense Drake, primeiro do gênero a ser
atração principal, provou ser um cara que une
gerações, com um hip pop mais pop e suave. Pena
que esta estréia brasileira não foi vista por
quem estava fora do festival: ele não autorizou a
transmissão do show.
Durante
todo este primeiro dia de festival, com 100 mil
pessoas na Cidade do Rock, na Zona Oeste do Rio,
era comum avistar pelo festival pais acompanhando
os filhos, e até avós puderam ser encontradas
pelos palcos. Para os mais velhos, Seal foi
provavelmente a maior atração, com seu pop
dançante cujos maiores hits vêm direto dos anos
1990.
Até
Mano Brown, em seu baile soul-funk com a
participação do lendário baixista sem baixo
Bootsy Collins, conseguiu agradar o público mais
experiente.
Já
os novinhos não deixaram a frente do Palco Mundo,
que abriu suas atividades com o DJ brasileiro Alok
e seu desfile de sucessos palatáveis. Em seguida,
Bebe Rexha e Ellie Goulding distraíram bem a
galera, com direito a fãs subindo e rebolando
muito no palco, até a chegada, atrasada, de Drake.
Para
chegar ao festival, fãs enfrentaram viagens de
pelo menos 1 hora e 40 minutos, protesto e aperto
em ônibus do BRT para chegar à Cidade do Rock.
Nome mais
popular do rap norte-americano, o canadense Drake
parece não ter vindo ao Brasil para fazer amigos. Em
sua primeira vez no país, ignorou fãs que o
aguardaram na saída do aeroporto e apareceu com
semblante não muito animador na sacada do hotel. No
palco, começou protocolar, com a parte mais pesada do
álbum "Scorpion", lançado no ano passado.
Depois, voou pelo repertório mais conhecido. Entraram
as principais faixas do álbum “Views”, de 2016, o
mais pop da carreira
Ellie
Goulding não tinha tarefa fácil. Ela fez o segundo
show principal de uma noite que não era bem dela. A
cantora substituiu a desistente rapper Cardi B. Ela
correu e balançou a cabeça como se fosse o Iron
Maiden no Rock in Rio de 1985. Mas o show só engatou
mesmo no final com hits como "Burn" e
"Love me like you do". Ellie tem uma voz
peculiar: rouca, nasal, mas bem afinada. Parece que
tem um efeito eletrônico vocal embutido na garganta.
Bebe Rexha
chamou vários fãs para o palco, mas um chamou mais a
atenção. O influenciador digital Gustavo Fiuza
estava vestido com uma macaquinho com fotos da cantora
e luzes de led. Dançou demais. Mas além deste
momento dançante, a cantora americana fez um show de
pop eletrônico com arranjos mais roqueiros. O visual
quase perigótico combina com a parte musical.
Mano
Brown
Faltou
algo no show de Mano Brown no Sunset. O convidado
anunciado era o americano Bootsy Collins, o "Jimi
Hendrix do baixo". Mas ele só cantou por 20
minutos, não tocou. Ao menos o show teve outros dois
convidados especiais, que também têm tudo a ver com
a turnê. Os veteranos do soul brasileiro Hyldon e
Carlos Dafé fizeram boas participações.
Alok, DJ
mais conhecido do Brasil, conseguiu vencer as
barreiras do nicho com batidas melódicas e letras em
inglês de trânsito fácil nas rádios, como no hit
"Hear me now", recebido num mar de celulares
para o alto na plateia. Não faltou empenho do DJ, que
investe pesado em recursos visuais e se conecta com o
público com artifícios à la coach motivacional.
"Há quanto tempo você não olha para a
natureza, para o céu, para as pessoas?",
perguntou
O show de
Seal foi morno no geral, carente de uma
identificação com o público geral deste primeiro
dia. Pode não ter sido um dos melhores do dia, mas o
cantor inglês soube muito bem compensar a falta de
inúmeros hits com simpatia e presença de palco. E
"Kiss from a rose", seu maior sucesso, foi
inegavelmente um bom momento.
Acompanhada
de Gloria Groove e Linn da Quebrada, Karol Conka
transformou o Palco Sunset em uma espécie de filial
carioca da Jamaica. Reggae, reggaeton e raggamuffin se
uniram a batidas eletrônicas, guitarras roqueiras e
percussão pesada. Essa mistura foi trilha para letras
que, de maneira quase invariável, versam sobre
empoderamento, engajamento e "good vibes".
Lellê
e Blaya
Lellê
inaugurou a edição 2019 do Rock in Rio mostrando no
Palco Sunset que suas influências vão além das
fronteiras cariocas, em direção ao soul americano. O
batidão esteve presente no início, no meio e no fim,
mas boa parte do show teve clássicos conhecidos nas
vozes de Diana Ross, Gloria Gaynor, Jackson 5 e
outros. No meio da apresentação, Blaya, brasileira
naturalizada portuguesa, mostrou sua fusão de rap e
batidas pesadas.
O DJ
Vintage Culture (Lukas Ruiz) fez a sua estréia no
festival Rock in Rio e não decepcionou o público.
ele teve uma apresentação extra marcada após o
pedido do público.