Lula
atrai multidão em campanha pelo 2º turno em BH
Ex-presidente
disse que governador é livre para apoiar quem
quiser, mas não pode pensar que 'povo é gado'
O
candidato do PT à presidência, Luiz Inácio
Lula da Silva, disse no domingo, 9/10, durante
visita a Belo Horizonte que o governador de Minas
Gerais, Romeu Zema (Novo), tem "liberdade
de apoiar quem ele quiser", mas que ele não
pode pensar que o "povo é gado".
"A
única coisa que ele tem que levar em conta é
não pensar que o povo é gado. É não pensar que
o povo pode ser tangido para lá ou para cá, o
povo tem consciência do que está acontecendo no
país", afirmou o ex-presidente em conversa
com jornalistas após o evento.
Após
o resultado do primeiro turno, Zema, reeleito com
56,18% dos votos, declarou apoio à reeleição do
atual presidente Jair Bolsonaro (Pl). Em Minas
Gerais, Lula venceu no primeiro turno com 48,29%
dos votos, ante 43,60% de Bolsonaro.
"O
povo pode medir quaisquer quatro anos meus com
quatro anos de Bolsonaro. Belo Horizonte pode
medir quatro anos meus com quaisquer quatro anos
de Bolsonaro, que se o governador souber 10% do
que nós fizemos em Minas Gerais, ele terá um
problema de remorso ao não me apoiar",
afirmou o ex-presidente.
"Agora,
ele é livre. Ele é livre e eu vim aqui tentar
convencer o povo mineiro de que a gente pode fazer
mais por Minas Gerais." Depois da coletiva,
Lula saiu em caminhada da Praça da Liberdade até
a Praça Tiradentes, na Região Centro-Sul da
capital mineira. A presidente do PT, Gleisi
Hoffmann, e o cantor Chico Buarque também
participaram.
Ao
discursar, Chico Buarque usou trechos da canção
'Apesar de você': " Reafirmando o que eu
disse, em torno de de 50 anos, amanhã vai ser
outro dia. Amanhã vai ser outro dia".