Além
de mobiliário e vidraças, obras de valor
inestimável foram destruídas pelos terroristas
inconformados com o resultado da eleição
presidencial de 2022
A
Justiça determinou o bloqueio de R$ 6,5
milhões de bens de 52 pessoas e sete empresas
que teriam financiado os atos terroristas
realizados no domingo, 8/1, em Brasília, por
apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A
decisão do juiz Francisco Alexandre Ribeiro, da
8ª Vara Federal de Brasília, foi tomada após
pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), sob
alegação de que o dinheiro seria usado para
ressarcir os cofres públicos pelo vandalismo e
destruição realizados nas sedes do Palácio do
Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal
Federal (STF).
"Por
terem financiado o transporte de milhares de
manifestantes que participaram dos eventos
ilícitos, fretando dezenas de ônibus
interestaduais, concorreram para a consecução
dos vultosos danos ao patrimônio público, sendo
passíveis, portanto, de bastante
responsabilização civil", proferiu
Francisco em sua decisão.
Ele
ainda argumentou que, devido às manifestações
contrárias ao resultado da eleição presidencial
de 2022, seria previsível que pudessem ocorrer
práticas de violência.
Além
de mobiliário e vidraças, os terroristas destruíram
obras, como as "Mulatas" do pintor Di
Cavalcanti, avaliada em aproximadamente R$ 8
milhões. Um relógio de pêndulo do século XVII,
presente da Corte Francesa a Dom João VI, foi
muito danificado. Esta é uma das duas obras do
relojoeiro francês Balthazar Martinot, a outra
peça está no Palácio de Versalhes.
O
bloqueio foi feito com base nos registros da
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
A Advocacia-Geral da União usou, por hora, apenas
os veículos com destino a capital que foram
apreendidos transportando terroristas.
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